Trabalho Afro



Ebonização estética e cosmética auto-estima,mídia mercado consumidor e a opção fashion do resgate da cidadania em magazines para Afro-Brasileiros (1990-1999)
A reportagem em questão deixa bem claro que apesar do advento da Abolição da escravatura ter ocorrido a 117 anos; Ainda não alcançamos igualdade de direitos no que concerne ao mercado de trabalho no tocante à raças. O negro continua sendo discriminado, ainda que discretamente. Os números das pesquisas deixam isto bem claro; Segundo o DIEESE, conforme pesquisa realizada nas 06 principais capitais Brasileiras ( Salvador, Recife, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre), 50% dos desempregados do País são negros, sendo que as mulheres são as mais atingidas; E que 41,2% dos negros atuam sem seus direitos trabalhistas (carteira assinada) em biscate ou serviços domésticos e os trabalhadores negros ganham apenas 40% do que recebem os trabalhadores brancos. Mesmo apresentando 81,1% da sua população negra.; A capital baiana ainda é palco de discriminações absurdas contra os negros onde acontecem várias situações constrangedoras para o mesmo.
Necessário se faz combatermos incisivamente a discriminação de trabalhadores negros no mercado de trabalho; E lutarmos para que a igualdade de direitos entre brancos e negros; que hoje só existe na teoria, venha ser uma realidade em nossa nação. “A cor da pele pode ser diferente, mas a nossa essência é a mesma”.
(Levi Moura de Almeida - UAB - Itamaraju/Ba Curso de História matéria de Sociologia)


Os negros e afros descendentes no mercado de trabalho


 A partir da segunda metade do século XIX quando esgotada a possibilidade de continuar utilizando da mão-de-obra dos escravos fica claro a intenção de Estado o objetivo de importar trabalhadores da Europa para os cafezais e na nascente indústria do sudeste mais precisamente em São Paulo, constituindo a partir dali conseqüências que influenciarão nas estruturas de classes, rendas e na educação. Poderíamos dizer que o Estado foi o principal responsável pela formação de um mercado de trabalho no qual ficou evidente a exclusão dos negros e descendentes desde a segunda metade do século XIX, pós 1850, e principalmente inicio do século XX até meados dos anos 40.
Com isso uma das características que mais vemos no mercado de trabalho brasileiro é a desigualdade de oportunidades entre os grupos raciais.As estatísticas mostram um quadro absurdo da forma como os brancos e negros estão distribuídos no mercado. As conseqüências de tudo isso fica evidentes no cenário: misérias, favelas, violências, perseguição policial...
O desafio é ultrapassar, com profundas mudanças culturais e sociais, o preconceito, a discriminação e o racismo, mas pra isso é importante tomarmos consciência das marcas que o racismo impõe (baixa estima, medo, insegurança, desconfiança, temos), para acabarmos de vez com ele. Mas esta é uma tarefa difícil, mas caberá a nós levá-los adiante.
(Mirovaldo Batista - UAB - Itamaraju/Ba - Curso de História - Sociologia)